Texto:
mundodesportivo-ads
Sanjoanense
4 X Lavra 2
5
Inicial: Marco Lopes, Tiago Ferraz, Chico Barreira, Daniel Bastos e João
"Drejo"
Jogaram
Ainda: Alfredo Nogueira, João Oliveira(cap.) e Hugo Santos
Golos:
João Oliveira, Chico Barreira e Daniel Bastos(2)
Não
foi fácil, para a Sanjoanense, vencer a equipa do Lavra que vendeu bem cara a
derrota e fez os alvi-negros suarem para alcançarem os três pontos. Depois de
uma goleada avassaladora em Cucujães, na 1ªJornada, a Sanjoanense procurava dar
continuidade à boa exibição realizada, perante o seu público que acorreu a bom
número.
Contudo,
a formação do Lavra tentou jogar sempre de forma muito compacta, defendendo
perto da sua baliza, não abrindo grandes espaços e tentando sair para situações
de ataque rápido e contra-ataque e desta forma causou alguns problemas aos
homens da capital do calçado.
Os
alvi-negros, como seria de esperar, foram quem assumiram as despesas do jogo,
mas iam esbarrando no guardião Nuno Costa que se mostrava inspirado e ia
evitando o que podia. E perante o desacerto na finalização por parte da
Sanjoanense, foi mesmo o Lavra que marcou primeiro no Pavilhão dos Desportos,
aos catorze minutos por intermédio de André Campos.
Não
seria de esperar outra coisa que não a intensificação da pressão ofensiva por
parte dos visitados que, depois de muito tentarem, chegaram finalmente ao golo
aos vinte e três minutos, com João Oliveira a desviar um remate de Alfredo
Nogueira e a fazer o seu quarto golo no campeonato, empatando o jogo que assim
ficou até ao intervalo.
Na
segunda parte a Sanjoanense continuava a carregar, fazendo o segundo e passando
para a frente do marcador aos oito minutos por Daniel Bastos que, bem ao seu
estilo, fuzilou Nuno Costa com um remate forte.
Mas
o Lavra mostrava determinação e muita garra e conseguiu mesmo fazer o empate,
aos treze minutos, na conversão de um livre-directo por Nuno Roque, após décima
falta cometida pela Sanjoanense. O mesmo Nuno Roque poderia ter consumado a
reviravolta mas desperdiçou novo livre-directo, pouco depois, após uma falta
para cartão azul cometida por Alfredo Nogueira.
Como
o empate não servia aos intentos da Sanjoanense, Vítor Pereira arriscou mais e
a sua equipa criava várias ocasiões com destaque, só na segunda parte, para
cinco bolas ao ferro. O público, especialmente a claque Força Negra que
apareceu na segunda parte para animar, e de que maneira, o ambiente, puxava pela
equipa que estava infeliz na finalização.
Mas
o que o ano passado foi motivo de alguns resultados menos positivos, neste jogo
foi decisivo: as bolas paradas. Aos vinte minutos o jogo fica resolvido num
pénalti e num livre-directo, primeiro pénalti marcado por Chico Barreira após
um jogador do Lavra ter jogado com o patim deliberadamente dentro da área e,
depois, falta para cartão azul e no respectivo livre-directo, Daniel Bastos a
fazer o 4-2.
O
Lavra ficou algo desnorteado e os seus jogadores fizeram mais duas faltas, com
duas admoestações de cartão azul mas, nos inerentes livres-directos, a
Sanjoanense não conseguiu voltar a marcar. Antes do final, houve ainda tempo
para Marco Lopes defender um último livre-directo.
Não
foi uma vitória fácil, como referido no início, muito por culpa da forma
intensa como o Lavra defendeu e das muitas oportunidades desperdiçadas pelos
alvi-negros. Com seis pontos, fruto de duas vitórias em dois jogos, a
Sanjoanense mantém-se na liderança e no próximo Sábado terá um difícil derby
com o Ac.Feira, no Pavilhão da Lavandeira, ode já não vence há dois anos.
Mundo
Desportivo-ADS: Faço-lhe uma pergunta simples, apesar do Lavra ser uma equipa
com valor que venceu o Paço de Rei na 1ªJornada, esta vitória foi mais difícil
do que esperava?
Vítor
Pereira: De facto eu acreditava que a nossa equipa, mais tarde ou mais cedo,
iria passar para a frente do resultado e dilatar mais o marcador, não foi
possível, eu no início do jogo tinha alertado bastante, tinha visto imagens de
jogos do Lavra na pré-época, conheço o treinador do Lavra, que também foi meu
treinador, sei que faz um trabalho sério e rigoroso, que já tem um grupo de
alguns anos, com disciplina tática e foi assim que se apresentaram, muito
disciplinados taticamente, a jogar no nosso erro, a jogar muito fechados e em
contra-ataque, tiveram a felicidade de fazer o 0-1 e aí complicaram as coisas,
nós ficamos algo ansiosos, fomos muito perdulários na finalização.
M.D.:
Contamos na segunda parte, pelo menos, cinco bolas no ferro da baliza do Lavra,
que até fez com que o seu guarda redes estivesse constantemente com um gesto
curioso de agradecer aos ferros, passou também por aqui a dificuldade da
vitória, o facto da Sanjoanense ter sido muito perdulária?
V.P.:
Sem dúvida, se nós tivéssemos concretizado 50% das oportunidades que tivemos,
tínhamos feito um resultado muito mais dilatado, mas também o Lavra não
merecia, pelo jogo e atitude que teve, por isso acho que o resultado acaba por
se ajustar e ficamos com os três pontos que era o que mais interessava. O
importante foi ganhar, quer seja por um golo ou mais golos de diferença, com a
massa associativa a apoiar-nos, mesmo quando as coisas não estavam a correr
bem.
M.D.:
Na temporada passada, existiram alguns jogos em que a Sanjoanense escorregou
sobretudo por ineficácia nas bolas paradas e, hoje, o jogo acaba por ser
resolvido num pénalti e num livre-directo. É algo que também o deixa
satisfeito?
V.P.:
Temos trabalhado bastante este aspecto, mesmo assim o nosso grau de eficácia não
tem sido bom neste início de época, temos dois livres-directos concretizados,
nos pénaltis temos sido mais eficazes, mas estamos a trabalhar e vamos
continuar a trabalhar, nestes momentos que muitas vezes decidem jogos.
M.D.:
Por último, para a semana a Sanjoanense desloca-se a Santa Maria da Feira para
defrontar um adversário que lhe coloca sempre muitas dificuldades. Que
antevisão faz e que palavra quer deixar aos adeptos para que eles voltem a
aparecer em grande número, como o fizeram em Cucujães?
V.P.:
Vai ser uma partida difícil, não há jogos fáceis, por vezes parece que há jogos
teoricamente mais fáceis e as coisas tornam-se mais difíceis, compete-nos a nós
tornar as coisas mais fáceis, com muito respeito pelo Ac.Feira que sabemos que
contra nós, há uma motivação especial e dão o que têm e não têm e nós vamos
tentar vencer, certamente que vamos ter muitos adeptos, espero que a Força
Negra possa comparecer pois são uma enorme ajuda para nós, como se viu hoje, e
que mais sanjoanenses nos apoiem, aqueles que gostam da Sanjoanense e de hóquei
em patins em geral e, assim, trazermos os três pontos para São João da Madeira
que é o mais importante.
Sem comentários:
Enviar um comentário