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domingo, 13 de outubro de 2013

Sanjoanense vence Lavra em casa


Texto: mundodesportivo-ads

Sanjoanense 4 X Lavra 2
5 Inicial: Marco Lopes, Tiago Ferraz, Chico Barreira, Daniel Bastos e João "Drejo"
Jogaram Ainda: Alfredo Nogueira, João Oliveira(cap.) e Hugo Santos
Golos: João Oliveira, Chico Barreira e Daniel Bastos(2)

Não foi fácil, para a Sanjoanense, vencer a equipa do Lavra que vendeu bem cara a derrota e fez os alvi-negros suarem para alcançarem os três pontos. Depois de uma goleada avassaladora em Cucujães, na 1ªJornada, a Sanjoanense procurava dar continuidade à boa exibição realizada, perante o seu público que acorreu a bom número.

Contudo, a formação do Lavra tentou jogar sempre de forma muito compacta, defendendo perto da sua baliza, não abrindo grandes espaços e tentando sair para situações de ataque rápido e contra-ataque e desta forma causou alguns problemas aos homens da capital do calçado.

Os alvi-negros, como seria de esperar, foram quem assumiram as despesas do jogo, mas iam esbarrando no guardião Nuno Costa que se mostrava inspirado e ia evitando o que podia. E perante o desacerto na finalização por parte da Sanjoanense, foi mesmo o Lavra que marcou primeiro no Pavilhão dos Desportos, aos catorze minutos por intermédio de André Campos.

Não seria de esperar outra coisa que não a intensificação da pressão ofensiva por parte dos visitados que, depois de muito tentarem, chegaram finalmente ao golo aos vinte e três minutos, com João Oliveira a desviar um remate de Alfredo Nogueira e a fazer o seu quarto golo no campeonato, empatando o jogo que assim ficou até ao intervalo.

Na segunda parte a Sanjoanense continuava a carregar, fazendo o segundo e passando para a frente do marcador aos oito minutos por Daniel Bastos que, bem ao seu estilo, fuzilou Nuno Costa com um remate forte.

Mas o Lavra mostrava determinação e muita garra e conseguiu mesmo fazer o empate, aos treze minutos, na conversão de um livre-directo por Nuno Roque, após décima falta cometida pela Sanjoanense. O mesmo Nuno Roque poderia ter consumado a reviravolta mas desperdiçou novo livre-directo, pouco depois, após uma falta para cartão azul cometida por Alfredo Nogueira.

Como o empate não servia aos intentos da Sanjoanense, Vítor Pereira arriscou mais e a sua equipa criava várias ocasiões com destaque, só na segunda parte, para cinco bolas ao ferro. O público, especialmente a claque Força Negra que apareceu na segunda parte para animar, e de que maneira, o ambiente, puxava pela equipa que estava infeliz na finalização.

Mas o que o ano passado foi motivo de alguns resultados menos positivos, neste jogo foi decisivo: as bolas paradas. Aos vinte minutos o jogo fica resolvido num pénalti e num livre-directo, primeiro pénalti marcado por Chico Barreira após um jogador do Lavra ter jogado com o patim deliberadamente dentro da área e, depois, falta para cartão azul e no respectivo livre-directo, Daniel Bastos a fazer o 4-2.

O Lavra ficou algo desnorteado e os seus jogadores fizeram mais duas faltas, com duas admoestações de cartão azul mas, nos inerentes livres-directos, a Sanjoanense não conseguiu voltar a marcar. Antes do final, houve ainda tempo para Marco Lopes defender um último livre-directo.
Não foi uma vitória fácil, como referido no início, muito por culpa da forma intensa como o Lavra defendeu e das muitas oportunidades desperdiçadas pelos alvi-negros. Com seis pontos, fruto de duas vitórias em dois jogos, a Sanjoanense mantém-se na liderança e no próximo Sábado terá um difícil derby com o Ac.Feira, no Pavilhão da Lavandeira, ode já não vence há dois anos.

Mundo Desportivo-ADS: Faço-lhe uma pergunta simples, apesar do Lavra ser uma equipa com valor que venceu o Paço de Rei na 1ªJornada, esta vitória foi mais difícil do que esperava?
Vítor Pereira: De facto eu acreditava que a nossa equipa, mais tarde ou mais cedo, iria passar para a frente do resultado e dilatar mais o marcador, não foi possível, eu no início do jogo tinha alertado bastante, tinha visto imagens de jogos do Lavra na pré-época, conheço o treinador do Lavra, que também foi meu treinador, sei que faz um trabalho sério e rigoroso, que já tem um grupo de alguns anos, com disciplina tática e foi assim que se apresentaram, muito disciplinados taticamente, a jogar no nosso erro, a jogar muito fechados e em contra-ataque, tiveram a felicidade de fazer o 0-1 e aí complicaram as coisas, nós ficamos algo ansiosos, fomos muito perdulários na finalização.

M.D.: Contamos na segunda parte, pelo menos, cinco bolas no ferro da baliza do Lavra, que até fez com que o seu guarda redes estivesse constantemente com um gesto curioso de agradecer aos ferros, passou também por aqui a dificuldade da vitória, o facto da Sanjoanense ter sido muito perdulária?
V.P.: Sem dúvida, se nós tivéssemos concretizado 50% das oportunidades que tivemos, tínhamos feito um resultado muito mais dilatado, mas também o Lavra não merecia, pelo jogo e atitude que teve, por isso acho que o resultado acaba por se ajustar e ficamos com os três pontos que era o que mais interessava. O importante foi ganhar, quer seja por um golo ou mais golos de diferença, com a massa associativa a apoiar-nos, mesmo quando as coisas não estavam a correr bem.

M.D.: Na temporada passada, existiram alguns jogos em que a Sanjoanense escorregou sobretudo por ineficácia nas bolas paradas e, hoje, o jogo acaba por ser resolvido num pénalti e num livre-directo. É algo que também o deixa satisfeito?
V.P.: Temos trabalhado bastante este aspecto, mesmo assim o nosso grau de eficácia não tem sido bom neste início de época, temos dois livres-directos concretizados, nos pénaltis temos sido mais eficazes, mas estamos a trabalhar e vamos continuar a trabalhar, nestes momentos que muitas vezes decidem jogos.

M.D.: Por último, para a semana a Sanjoanense desloca-se a Santa Maria da Feira para defrontar um adversário que lhe coloca sempre muitas dificuldades. Que antevisão faz e que palavra quer deixar aos adeptos para que eles voltem a aparecer em grande número, como o fizeram em Cucujães?
V.P.: Vai ser uma partida difícil, não há jogos fáceis, por vezes parece que há jogos teoricamente mais fáceis e as coisas tornam-se mais difíceis, compete-nos a nós tornar as coisas mais fáceis, com muito respeito pelo Ac.Feira que sabemos que contra nós, há uma motivação especial e dão o que têm e não têm e nós vamos tentar vencer, certamente que vamos ter muitos adeptos, espero que a Força Negra possa comparecer pois são uma enorme ajuda para nós, como se viu hoje, e que mais sanjoanenses nos apoiem, aqueles que gostam da Sanjoanense e de hóquei em patins em geral e, assim, trazermos os três pontos para São João da Madeira que é o mais importante.

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