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segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Ficarmos conhecidos como a “aldeia do hóquei em patins”



Continuamos as nossas entrevistas a treinadores que subiram as suas equipas de divisão, Luís Miguel Cunha foi o homem que colocou a equipa da ACR Santa Cita na segunda divisão nacional esta época e levou também a sua equipa aos quartos de final da Taça de Portugal.

Qual o balanço que faz da época que acaba de terminar?
O balanço foi extremamente positivo. Foi atingido um objectivo que o clube andava à procura já há alguns anos que foi a subida à segunda divisão nacional, bem como chegarmos aos quartos-de-final da taça de Portugal. Para além disso houve outras coisas muito importantes, tais como a vinda de muitos sócios e adeptos da modalidade, que já não vinham ao hóquei há algum tempo, e também a criação da claque “O 6º elemento”. Também houve uma maior ligação e aproveitamento dos escalões de formação para os seniores.

Esta época a sua equipa conseguiu a subida à 2ª Divisão Nacional, que significado tem este feito para si?
Eu felizmente enquanto treinador já tenho algumas subidas de divisão e uma delas é à primeira divisão, mas esta teve sem dúvida um sabor especial pois devo tudo enquanto jogador ao ACR Santa Cita. Para além disso penso que a segunda divisão é o lugar certo para este clube (por agora). Não tenho dúvida que esta época vai ficar na memória de todas as pessoas, bem como todo este grupo de trabalho, com o qual o tive o privilégio de trabalhar.

Quais os objectivos que tinham no início da época?
O principal objectivo era sem dúvida a subida à 2ª divisão, bem como relançar o clube ao nível nacional e cada vez mais, ficarmos conhecidos como a “aldeia do hóquei em patins”. Como objectivos transversais tínhamos uma maior ligação da formação com os seniores, bem como tentar uma maior ligação com a massa associativa, tentando voltar a ter o ambiente de tempos antigos. Felizmente foram todos atingidos.

Na Taça de Portugal, a sua equipa chegou aos quartos-de-final onde foi eliminado pelo FC Porto, quer-nos falar da prestação nesta prova? Quais eram os objectivos para a Taça de Portugal no início da época?
A Taça de Portugal é sempre uma prova importante para os clubes dos escalões inferiores, para estes poderem mostrar o seu valor, bem como o trabalho que fazem em prol da modalidade muitas vezes esquecidos, por quem de pleno direito. Para nós a taça inicialmente foi importante para dar minutos de jogo a jogadores menos utilizados e para dar confiança aos outros. Iniciámos a prova contra a Sanjoanense e terminamos com o F. C. Porto. Foi acima de tudo um prémio para todos, em especial para os jogadores pela excelente época que realizaram demonstrando grande união e carácter, sorrindo muitas vezes às dificuldades que foram muitas, tais como algumas lesões, a saída do Daniel Noronha no início da época, etc.

Do ponto de vista positivo, qual o momento que marcou a época?
Foi sem dúvida o ambiente que se foi vivendo dentro e fora do pavilhão com uma grande união e apoio entre todas as pessoas, bem como nos jogos finais da subida à 2ª divisão e nos jogos do apuramento para o campeão nacional, principalmente o jogo com o Sporting Clube de Portugal. O culminar de tudo isto foi o jogo com o deca campeão nacional, fizemos um grande jogo até ao meio da segunda parte, mas aí acabaram as forças (não esquecendo que fizemos o jogo com o Famalicense 48 horas antes). Terminámos a primeira parte empatados e na minha modesta opinião não está ao alcance de uma equipa qualquer. Quero também aqui realçar o comportamento exemplar de toda a comitiva do F.C. Porto onde destaco a entrada no início do jogo de todos os jogadores com os nossos jovens atletas da iniciação.

E do negativo?
As muitas lesões ao longo da época e a saída do Daniel Noronha por motivos profissionais, logo no início da época.

Falando na próxima época, quais são os objectivos na próxima temporada?
Manter o Santa Cita na 2ª divisão e continuar o bom trabalho de formação que vem sendo feito no clube, mantendo a ligação vertical com os seniores, assim como continuar a simbiose com a massa associativa que cada vez queremos maior.

Em termos de saídas e entradas de jogadores, pode nos adiantar algumas novidades?
Temos só a saída do Rui Nunes, que decidiu parar de jogar, e a permanência de todo o restante plantel. Quanto a entradas essas vão continuar a seguir um critério rigoroso onde o perfil do atleta é fundamental. Brevemente penso que já haverá novidades.

O seu futuro passa pela ACR Santa Cita?
Sim passa, não fazia sentido deixar este projecto a meio. Tanto eu como o Paulo Lopes e os restantes treinadores de formação, sabemos que temos um árduo trabalho pela frente para a próxima época, mas estamos todos motivados para o fazer.
De qualquer forma como homem da modalidade não posso deixar de equacionar sempre algum projecto aliciante, mas nunca para a próxima época.

Para terminar, quer deixar alguma mensagem?
Queria aproveitar para agradecer ao Paulo Lopes que foi o meu braço direito, a todos os meus jogadores que foram uns verdadeiros heróis, e a todos os membros da direcção, seccionistas, ao paramédico, a toda a massa associativa e um obrigado especial para a nossa claque 6º elemento.
Gostaria de pedir que para a próxima época continuem todos a apoiar este projecto, sabendo que vai ser uma época diferente e que todos juntos consigamos fazer um ACR Santa Cita mais forte.
Agradeço, também a oportunidade que me deu para falar do meu trabalho e desejar que continue o excelente trabalho que tem vindo a fazer em prol da nossa modalidade, que tem sido tão mal tratada nestes últimos tempos.

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