O nosso entrevistado de hoje é Jorge Silva, recém chegado à
equipa do Candelária e abandonou a equipa do F. C Porto.
Quer-nos contar como cresceu o
Jorge Silva para o Hóquei em Patins?
Antes de mais é um prazer
escrever para o teu blog o que é demais importante para o hóquei em patins.
Respondendo a tua pergunta eu apareço no hóquei em patins por influencia do meu
irmão que era jogador da A. A Espinho.
Gostava de ver os treinos e com o
passar do tempo comecei a frequentar as escolinhas de patinagem, aquando de
iniciar mesmo a prática do hóquei em patins propriamente ia com a ideia de ser
guarda-redes, mas o meu irmão à ultima da hora exerceu uma ultima pressão e aceitei
ser jogador da frente, a partir dai foi o começo da caminhada nesta modalidade.
Já passou por vários clubes,
Espinho, Gulpilhares, Porto e agora Candelária, que recordações tem destes
clubes?
As mais variadas recordações,
Espinho foi onde comecei isto tudo, um clube onde estive até juvenil, conseguimos
um titulo nacional de iniciados que era somente o 2º titulo nacional daquele
clube em camadas jovens, anteriormente só a geração do Vítor Hugo em juniores. Deixo
o clube por achar na altura que o Gulpilhares me dava mais condições de evoluir
como jogador.
Gulpilhares foi depois de ganhar
títulos nacionais nas camadas jovens e também de me destacar na selecções
nacionais de juvenis e juniores o clube que me dá a oportunidade de jogar ao
mais alto nível no hóquei em patins na categoria sénior, um clube que não tem
medo de apostar nos jovens e que com essa política passado uns anos acaba por
ter que fornecer dos melhores jogadores que se encontram pelo clubes portugueses.
Também não posso deixar de falar na pessoa do Sr. Adriano Silva que é uma
pessoa a quem eu devo todo o respeito.
Candelária é o presente, o clube
que apostou em mim e me deu as melhores condições para dar um passo em frente
na minha ainda curta carreira.
O clube que vou defender no
máximo das minhas capacidades como foi sempre a minha característica por onde
passei, o Candelária tem tudo para me fazer feliz e darei o máximo para o clube
ficar feliz comigo.
Acabou de deixar o F.C Porto, que
opinião tem deste clube?
F. C Porto é o clube do coração
que não tenho problema de esconder, é o clube onde ganhei todos os meus títulos
nacionais seniores, o clube que me fez representar a “nossa” selecção num
Europeu e num torneio de Montereux.
O clube que jamais esquecerei e
onde fui muito feliz e deixei muitos amigos, saí com o sentimento de dever
cumprido e com a sensação que as pessoas ficaram felizes com o meu desempenho.
Saí por opção minha e fui
extremamente bem tratado pelas pessoas daquele clube encabeçado pela fantástica
pessoa do Sr. Ilídio Pinto a quem eu desejo muitos anos em frente do hóquei
portista.
Nos anos que esteve com a
camisola azul e branca tudo que havia para ganhar a nível nacional ganhou, qual
o titulo que o marcou mais?
Muito difícil de responder a essa
pergunta, todos os títulos ganhos naquela casa são especiais.
Claro que quando cheguei, ganhar
a Supertaça para mim foi fantástico, mas acho que escolhendo bem diria que fui
o último campeonato que me deu mais prazer, tinha já tomado a opção de
abandonar o clube e reparei em muitas pessoas e amigos daquele clube que apesar
de o dia ser de festa de titulo se preocuparam comigo por deixar uma casa que
foi minha durante 5 anos.
Este ano muda-se para a ilha do
Pico, quais os motivos que o levou aceitar este novo desafio?
A minha mudança para a ilha do
Pico é uma mudança muito pensada, um clube que não posso esconder me deu umas
condições financeiras muito boas mas que também se preocupou desde inicio em
construir um plantel forte e que dava garantias de um bom trabalho.
Um dos motivos importantes que me
levou a aceitar este convite foi também sentir-me de novo um jogador importante
dentro de um 5 base, um jogador que possa fazer a diferença e que esteja
durante bastante tempo dentro da pista.
Também não posso deixar de
referir que conseguindo estes objectivos pessoais e com uma boa campanha
colectiva uma nova chamada a selecção nacional é um grande objectivo.
Quais os objectivos este ano que
foram proposto à equipa da Candelária?
Não houve pressão nenhuma da
direcção do clube em termos de objectivos, nós jogadores em conjunto com o Sr.
Carlos Dantas claro que temos uma ideia concreta do que queremos e do que
podemos fazer, mas isso fica dentro do balneário e espero que no fim tenhamos
conseguido.
Muitas pessoas dizem que o Candelária
é uma das equipas que pode discutir o titulo, o que pensa deste assunto?
Encaro com bastante satisfação o
que as pessoas do hóquei pensam do Candelária, mas é o que as pessoas pensam e
terão as suas razões.
Agora talvez estejam a tentar
colocar um pouco de pressão no Candelária, na minha opinião pessoal quem tem
que se assumir como candidato ao titulo é o F. C Porto e S. L Benfica.
Quais os objectivos que o Jorge
Silva tem para esta época em termos individuais?
Como falei num dos pontos
anteriores quero continuar a merecer a confiança do treinador e ajudar o Candelária
a andar o mais acima possível na classificação.
Tudo o que vier depois é fruto do
trabalho no clube.
Em termos de selecção, todos os
jogadores trabalham para ir à selecção do seu pais, sonha um dia voltar a
vestir a camisola da selecção portuguesa?
Não é uma obsessão que tenho, mas
sim queria lá voltar e vou dar tudo para que isso aconteça.
É um ponto alto quando nos
sentimos no melhor grupo de jogadores portugueses, prometo só que vou continuar
a dar o meu máximo para que esse seja mais um dos meus objectivos pessoais
cumpridos.
Acha que Portugal pode voltar a
conquistar títulos no Hóquei em Patins a nível de selecções?
Porque não? Eu penso que podemos
lá chegar novamente, acho que precisamos de nos voltar a libertar.
Estamos com a sensação que os
adversários estão mais fortes e isso faz com que entremos já um pouco por
baixo, temos que voltar a ter aquele espírito guerreiro que não vira a cara a
luta e um dia com toda a convicção os títulos voltam a vir com frequência para
Portugal.
Claro que também não se pode
entrar com a tal pressão enorme que se tem de ganhar á força toda.
As regras do Hóquei em Patins tem
sido tema de conversa, como jogador qual a opinião que tem sobre este assunto?
Não me queria pronunciar muito
nesse assunto, alguém superior entendeu que assim seria melhor para a
modalidade e só quero acreditar que assim seja.
Claro que particularmente gosto
mais de umas alterações do que de outras.
Como se sente um jogador de
Hóquei em Patins a ver a situação desta modalidade?
Sinto que as pessoas continuam a
gostar do hóquei como sempre gostaram, mas agora com a falta do hóquei na
televisão e até nos jornais é mais difícil as pessoas que não seguem o hóquei
todos os dias terem tantos conhecimentos como tinham antes.
Na sua opinião o que poderia ser
feito para a comunicação social e televisões voltarem a colocar o Hóquei em
Patins no panorama nacional?
A minha opinião é que deviam
fazer tudo por tudo para que o hóquei tivesse o lugar que merece na comunicação
social, as pessoas adoram o hóquei e querem saber mais sobre o hóquei actual e
acho que se pode fazer mais um pouco sobre isso.
De todos os treinadores que teve
até hoje, qual foi o que o marcou mais e que forma o marcou?
Muito difícil de responder, mas
terei de dizer que talvez o Zé Fernandes, sendo ele que me fez surgir nos seniores
do Gulpilhares.
Espantava-me como alguém com uma
carreira de anos ainda gostava e gosta do hóquei, alguém que guarda dossiers
com anos e anos de treinos que fez.
A experiência que levava para os
treinos e jogos, claro que não me posso esquecer de agradecer a todos os
treinadores que tive e que todos contribuíram com muito para mim.
E o jogador com quem trabalhou
que o marcou e de que maneira o marcou?
O Guilherme Silva “Muro”, talvez
o jogador mais profissional com que joguei.
Passei um ano com ele em
Gulpilhares e deu para ver como um jogador que davam como acabado com a sua
força e trabalho volta a aparecer para fazer anos fantásticos e dar muito ao
hóquei.
O Guilherme que apesar de toda a
gente saber o que foi e é como atleta é uma pessoa do mais incrível que existe
como companheiro.
Qual é a sua maior referencia no Hóquei
em Patins?
Vítor Hugo, sabendo que houve
anteriormente grandes jogadores tenho que dizer que o Vítor Hugo será o jogador
que me lembro com mais facilidade.
Um jogador que resolvia problemas
que mais ninguém conseguia resolver e um jogador virtuoso.
Se tivesse que escolher um cinco
ideal com jogadores portugueses, quais seriam os escolhidos?
Ai que não é nada fácil.
Agora vou colocar só jogadores de
um hóquei bastante actual, Guilherme Silva, Paulo Almeida, Tó Neves, Reinaldo
Ventura e Pedro Alves.
Para terminar, quer deixar uma
mensagem a todos os amantes desta linda modalidade?
Que continuem a gostar do hóquei
e que por mais poucas coisas que possam, achem que possam fazer, tentem ajudar
esta linda modalidade a voltar ao lugar de onde nunca devia ter saído.
Muito obrigado por esta
oportunidade e VIVA o HÓQUEI.
O "Best Hóquei" agradece ao Jorge Silva a entrevista cedida e deseja as maiores felicidades para o resto da sua carreira.
10 comentários:
Muito bem Tiago.Mais um grande trabalho :)
Tiago... Excelente... Uma belíssima entrevista a um grande jogador... Chamada de atenção importante... O Jorge vai dar que falar daqui a dias!
Abraço
Enquanto sócio do gulpilhares quero dar os parabens pela entrevista do Jorge e pelo período que passou no Gulpilhares. Pessoalmente, tinha uma ideia errada dele, mas quero desejar-lhe felicidades.
Ao contrário de outros jogadores, ele nao cuspe no prato que lhe deu de comer...
Mais uma vez felicidades para o futuro...
Parabens,
Excelente entrevista a um excelente jogador, parabéns.
excelente entrevista! quer pelo entrevistado quer pelo entrevistador. Parabens!
Ele é bom jogador, sólido mas muito incorrecto a jogar.
Tem que moderar as suas atitudes.
Saudações Super Dragões
continua jorge...es um grande jogador.... felicidades....
Os Grandes Jogadores são sempre incorrectos para os adversários...
É dos poucos jogadores da sua geração com "garra".
Dá o que tem e o que não tem em campo.
É o que falta á selecção nacional, garra... de “meninos de coro” já estou farto.
cala-te oh burro, nao vales nada, se le fosse bom estava no Porto, ele e um fdp
Balalalalalaaaa balalalalalalalalaaa Tum tah! tetum tah!
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