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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"sentir-me de novo um jogador importante dentro de um 5 base"


O nosso entrevistado de hoje é Jorge Silva, recém chegado à equipa do Candelária e abandonou a equipa do F. C Porto.

Quer-nos contar como cresceu o Jorge Silva para o Hóquei em Patins?
Antes de mais é um prazer escrever para o teu blog o que é demais importante para o hóquei em patins. Respondendo a tua pergunta eu apareço no hóquei em patins por influencia do meu irmão que era jogador da A. A Espinho.
Gostava de ver os treinos e com o passar do tempo comecei a frequentar as escolinhas de patinagem, aquando de iniciar mesmo a prática do hóquei em patins propriamente ia com a ideia de ser guarda-redes, mas o meu irmão à ultima da hora exerceu uma ultima pressão e aceitei ser jogador da frente, a partir dai foi o começo da caminhada nesta modalidade.

Já passou por vários clubes, Espinho, Gulpilhares, Porto e agora Candelária, que recordações tem destes clubes?
As mais variadas recordações, Espinho foi onde comecei isto tudo, um clube onde estive até juvenil, conseguimos um titulo nacional de iniciados que era somente o 2º titulo nacional daquele clube em camadas jovens, anteriormente só a geração do Vítor Hugo em juniores. Deixo o clube por achar na altura que o Gulpilhares me dava mais condições de evoluir como jogador.
Gulpilhares foi depois de ganhar títulos nacionais nas camadas jovens e também de me destacar na selecções nacionais de juvenis e juniores o clube que me dá a oportunidade de jogar ao mais alto nível no hóquei em patins na categoria sénior, um clube que não tem medo de apostar nos jovens e que com essa política passado uns anos acaba por ter que fornecer dos melhores jogadores que se encontram pelo clubes portugueses. Também não posso deixar de falar na pessoa do Sr. Adriano Silva que é uma pessoa a quem eu devo todo o respeito.
Candelária é o presente, o clube que apostou em mim e me deu as melhores condições para dar um passo em frente na minha ainda curta carreira.
O clube que vou defender no máximo das minhas capacidades como foi sempre a minha característica por onde passei, o Candelária tem tudo para me fazer feliz e darei o máximo para o clube ficar feliz comigo.

Acabou de deixar o F.C Porto, que opinião tem deste clube?
F. C Porto é o clube do coração que não tenho problema de esconder, é o clube onde ganhei todos os meus títulos nacionais seniores, o clube que me fez representar a “nossa” selecção num Europeu e num torneio de Montereux.
O clube que jamais esquecerei e onde fui muito feliz e deixei muitos amigos, saí com o sentimento de dever cumprido e com a sensação que as pessoas ficaram felizes com o meu desempenho.
Saí por opção minha e fui extremamente bem tratado pelas pessoas daquele clube encabeçado pela fantástica pessoa do Sr. Ilídio Pinto a quem eu desejo muitos anos em frente do hóquei portista.

Nos anos que esteve com a camisola azul e branca tudo que havia para ganhar a nível nacional ganhou, qual o titulo que o marcou mais?
Muito difícil de responder a essa pergunta, todos os títulos ganhos naquela casa são especiais.
Claro que quando cheguei, ganhar a Supertaça para mim foi fantástico, mas acho que escolhendo bem diria que fui o último campeonato que me deu mais prazer, tinha já tomado a opção de abandonar o clube e reparei em muitas pessoas e amigos daquele clube que apesar de o dia ser de festa de titulo se preocuparam comigo por deixar uma casa que foi minha durante 5 anos.

Este ano muda-se para a ilha do Pico, quais os motivos que o levou aceitar este novo desafio?
A minha mudança para a ilha do Pico é uma mudança muito pensada, um clube que não posso esconder me deu umas condições financeiras muito boas mas que também se preocupou desde inicio em construir um plantel forte e que dava garantias de um bom trabalho.
Um dos motivos importantes que me levou a aceitar este convite foi também sentir-me de novo um jogador importante dentro de um 5 base, um jogador que possa fazer a diferença e que esteja durante bastante tempo dentro da pista.
Também não posso deixar de referir que conseguindo estes objectivos pessoais e com uma boa campanha colectiva uma nova chamada a selecção nacional é um grande objectivo.

Quais os objectivos este ano que foram proposto à equipa da Candelária?
Não houve pressão nenhuma da direcção do clube em termos de objectivos, nós jogadores em conjunto com o Sr. Carlos Dantas claro que temos uma ideia concreta do que queremos e do que podemos fazer, mas isso fica dentro do balneário e espero que no fim tenhamos conseguido.

Muitas pessoas dizem que o Candelária é uma das equipas que pode discutir o titulo, o que pensa deste assunto?
Encaro com bastante satisfação o que as pessoas do hóquei pensam do Candelária, mas é o que as pessoas pensam e terão as suas razões.
Agora talvez estejam a tentar colocar um pouco de pressão no Candelária, na minha opinião pessoal quem tem que se assumir como candidato ao titulo é o F. C Porto e S. L Benfica.

Quais os objectivos que o Jorge Silva tem para esta época em termos individuais?
Como falei num dos pontos anteriores quero continuar a merecer a confiança do treinador e ajudar o Candelária a andar o mais acima possível na classificação.
Tudo o que vier depois é fruto do trabalho no clube.


Em termos de selecção, todos os jogadores trabalham para ir à selecção do seu pais, sonha um dia voltar a vestir a camisola da selecção portuguesa?
Não é uma obsessão que tenho, mas sim queria lá voltar e vou dar tudo para que isso aconteça.
É um ponto alto quando nos sentimos no melhor grupo de jogadores portugueses, prometo só que vou continuar a dar o meu máximo para que esse seja mais um dos meus objectivos pessoais cumpridos.

Acha que Portugal pode voltar a conquistar títulos no Hóquei em Patins a nível de selecções?
Porque não? Eu penso que podemos lá chegar novamente, acho que precisamos de nos voltar a libertar.
Estamos com a sensação que os adversários estão mais fortes e isso faz com que entremos já um pouco por baixo, temos que voltar a ter aquele espírito guerreiro que não vira a cara a luta e um dia com toda a convicção os títulos voltam a vir com frequência para Portugal.
Claro que também não se pode entrar com a tal pressão enorme que se tem de ganhar á força toda.

As regras do Hóquei em Patins tem sido tema de conversa, como jogador qual a opinião que tem sobre este assunto?
Não me queria pronunciar muito nesse assunto, alguém superior entendeu que assim seria melhor para a modalidade e só quero acreditar que assim seja.
Claro que particularmente gosto mais de umas alterações do que de outras.

Como se sente um jogador de Hóquei em Patins a ver a situação desta modalidade?
Sinto que as pessoas continuam a gostar do hóquei como sempre gostaram, mas agora com a falta do hóquei na televisão e até nos jornais é mais difícil as pessoas que não seguem o hóquei todos os dias terem tantos conhecimentos como tinham antes.
           
Na sua opinião o que poderia ser feito para a comunicação social e televisões voltarem a colocar o Hóquei em Patins no panorama nacional?
A minha opinião é que deviam fazer tudo por tudo para que o hóquei tivesse o lugar que merece na comunicação social, as pessoas adoram o hóquei e querem saber mais sobre o hóquei actual e acho que se pode fazer mais um pouco sobre isso.

De todos os treinadores que teve até hoje, qual foi o que o marcou mais e que forma o marcou?
Muito difícil de responder, mas terei de dizer que talvez o Zé Fernandes, sendo ele que me fez surgir nos seniores do Gulpilhares.
Espantava-me como alguém com uma carreira de anos ainda gostava e gosta do hóquei, alguém que guarda dossiers com anos e anos de treinos que fez.
A experiência que levava para os treinos e jogos, claro que não me posso esquecer de agradecer a todos os treinadores que tive e que todos contribuíram com muito para mim.

E o jogador com quem trabalhou que o marcou e de que maneira o marcou?
O Guilherme Silva “Muro”, talvez o jogador mais profissional com que joguei.
Passei um ano com ele em Gulpilhares e deu para ver como um jogador que davam como acabado com a sua força e trabalho volta a aparecer para fazer anos fantásticos e dar muito ao hóquei.
O Guilherme que apesar de toda a gente saber o que foi e é como atleta é uma pessoa do mais incrível que existe como companheiro.

Qual é a sua maior referencia no Hóquei em Patins?
Vítor Hugo, sabendo que houve anteriormente grandes jogadores tenho que dizer que o Vítor Hugo será o jogador que me lembro com mais facilidade.
Um jogador que resolvia problemas que mais ninguém conseguia resolver e um jogador virtuoso.

Se tivesse que escolher um cinco ideal com jogadores portugueses, quais seriam os escolhidos?
Ai que não é nada fácil.
Agora vou colocar só jogadores de um hóquei bastante actual, Guilherme Silva, Paulo Almeida, Tó Neves, Reinaldo Ventura e Pedro Alves.

Para terminar, quer deixar uma mensagem a todos os amantes desta linda modalidade?
Que continuem a gostar do hóquei e que por mais poucas coisas que possam, achem que possam fazer, tentem ajudar esta linda modalidade a voltar ao lugar de onde nunca devia ter saído.
Muito obrigado por esta oportunidade e VIVA o HÓQUEI.

O "Best Hóquei" agradece ao Jorge Silva a entrevista cedida e deseja as maiores felicidades para o resto da sua carreira.

10 comentários:

Xaral disse...

Muito bem Tiago.Mais um grande trabalho :)

Pedro Jorge Cabral disse...

Tiago... Excelente... Uma belíssima entrevista a um grande jogador... Chamada de atenção importante... O Jorge vai dar que falar daqui a dias!
Abraço

Anónimo disse...

Enquanto sócio do gulpilhares quero dar os parabens pela entrevista do Jorge e pelo período que passou no Gulpilhares. Pessoalmente, tinha uma ideia errada dele, mas quero desejar-lhe felicidades.
Ao contrário de outros jogadores, ele nao cuspe no prato que lhe deu de comer...
Mais uma vez felicidades para o futuro...

Carlos Realista disse...

Parabens,
Excelente entrevista a um excelente jogador, parabéns.

caldas disse...

excelente entrevista! quer pelo entrevistado quer pelo entrevistador. Parabens!

Anónimo disse...

Ele é bom jogador, sólido mas muito incorrecto a jogar.

Tem que moderar as suas atitudes.

Saudações Super Dragões

Anónimo disse...

continua jorge...es um grande jogador.... felicidades....

Anónimo disse...

Os Grandes Jogadores são sempre incorrectos para os adversários...

É dos poucos jogadores da sua geração com "garra".

Dá o que tem e o que não tem em campo.

É o que falta á selecção nacional, garra... de “meninos de coro” já estou farto.

Anónimo disse...

cala-te oh burro, nao vales nada, se le fosse bom estava no Porto, ele e um fdp

Anónimo disse...

Balalalalalaaaa balalalalalalalalaaa Tum tah! tetum tah!