Depois de vencer em casa o CCD
Ancorense por 7-6 na ultima jornada do Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Zona
Norte.
Rui “Surpresa” Sousa assume que as coisas não correram bem. Desejava um coletivo mais forte.
A sinceridade é meio caminho
andado para a estabilidade e Rui Sousa, treinador da Casa do Povo de Sobreira
que iniciou funções em janeiro de 2014, abordou com toda a frontalidade e
honestidade, como é seu apanágio, o momento delicado que a equipa paredense
atravessa.
Os resultados negativos
consentidos nestes meses, período onde sobressai apenas trinta pontos
conquistados e o 8º lugar da tabela classificativa, aumentam as preocupações de
uma equipa que viveu um momento novo, fruto do lugar que conseguiu na tabela
classificativa no Campeonato Nacional da 3ª Divisão Zona Norte.
Debruçando-se sobre o passado
recente, Rui Sousa considera que chegou a hora de inverter o atual cenário:
“Como não conseguimos ganhar
os jogos suficientes para atingir os objetivos propostos, tinha de ser feito
alguma coisa. A direção e eu reunimos para percebermos o que se passou, onde
decidimos que o melhor seria o meu afastamento da equipa no final de época”,
salienta o treinador.
“Fizemos boas exibições,
críamos oportunidades mas não conseguimos marcar mais golos que os adversários
para poder ganhar. Isto é frustrante”, assume.
Com a certeza de que as coisas
não estiveram bem, Rui Sousa defende ser urgente alterar alguns comportamentos:
“Em certos momentos do jogo
alguns jogadores perdiam a cabeça e pensavam que podiam fazer as coisas
sozinhos porque têm mais talento do que A, B ou C e que podiam resolver os
problemas da equipa. Mas eu entendia que não podia ser assim, pois se fosse
assim seria uma equipa de tênis e não de hóquei em patins.”
É preciso mudar mentalidades.
Olhando para o seio da equipa,
Rui Sousa deteta algumas lacunas, as quais deseja que sejam alteradas no futuro
próximo:
“É preciso mudar,
principalmente a atitude de alguns jogadores, pois temos de entender que o
hóquei não se joga individualmente. São 5 jogadores em campo mais 5 no banco,
mais os que ficam de fora da convocatória e temos de perder e ganhar com união”,
atira Rui Sousa, sugerindo uma mudança de mentalidades:
“Tem de haver mais união no
plantel, humildade e também mais amizade. Têm de pensar em termos mais
coletivos, dado que esta época faltou um pouco disto tudo. Sejam amigos ou não
fora de campo, no rinque têm que o ser.”
A despedida.
“A vida ensinou-me a dizer
adeus às pessoas de que gosto, sem tirá-las do meu coração, sorrir às pessoas
que não gostam de mim, para mostrar que sou diferente do que elas pensam,
calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal, eu posso ser sempre
melhor! Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu
possa acreditar que tudo vai mudar, e abrir as minhas janelas para o sucesso. E
não temer o futuro.”
“A lutar contra as injustiças.
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas “dores” para o mundo. Vou
imprimir novos rumos ao barco agitado que foram os meus dias no hóquei em
patins, faço as minhas velas ao mar digo adeus sem chorar e estou de partida.”
“Todos os dias vividos no
hóquei em patins são portos que eu deixo pra trás. Quero viver diferente porque
a nossa sorte, somos nós que a fazemos.”
“Quando esta vida nos cansa e
se perde a esperança o melhor é partir. Ir procurar outros mares onde outros
olhares nos façam sorrir.”
“Levo no meu coração esta
lição que aprendi, onde me ensinaram em verdade que a felicidade será fora do
hóquei em patins.”
“Nas coisas pequenas, mais que
nas grandes, muitas vezes reconhecemos o valor dos homens. Talvez eu represente
apenas mais um que parte, mas na partida levarei saudades, deixando o meu
agradecimento a todos pela ajuda e dedicação.”
“Em especial à Casa do Povo de
Sobreira agradeço a todos os bons momentos. Parto mas fica um pouco de mim aqui
com vocês todos: Presidente, dirigentes, seccionistas, atletas, sócios e
simples apoiantes. Continuem a vencer, agora e sempre!”
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