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sábado, 30 de junho de 2012

Nuno Resende: "Os jogadores foram fundamentais"



(Foto: Pedro Alves/Mundook)

Começou a época como jogador, mas terminou como treinador e jogador da UD Oliveirense, no primeiro ano como treinador Nuno Resende não poderia começar melhor, fez uma boa época e essa época terminou com a conquista da Taça de Portugal.

Acaba de terminar mais uma época, numa vista geral que balanço faz da época da UD Oliveirense?
O Balanço é positivo, atingimos todos os objectivos a que nos tínhamos proposto e ainda os superamos com a conquista da Taça de Portugal.

O Nuno Resende começou a época como jogador apenas, depois viu-se a mudança de treinador e coube a si comandar a equipa e ao mesmo tempo jogar também, o que foi mais difícil a partir do momento que tomou conta da equipa?
A situação é bastante difícil, pois corresse sempre o risco de nem fazer bem uma coisa nem outra. Mas com o passar do tempo, fui conseguindo conciliar melhor as coisas, e há que referir que quer a minha equipa técnica quer os jogadores foram fundamentais nesta adaptação.

Quais os aliciantes que lhe foram mais importantes para aceitar o desafio de treinar a equipa da UD Oliveirense?
A minha relação com o clube, os dirigentes e os jogadores. Achei que poderia ser uma solução e foi isso que me levou a aceitar o desafio.

Começando pelo Campeonato Nacional, falava-se que o objectivo da Oliveirense nesta “frente” era a qualificação para a Liga dos Campeões na próxima época, a sua equipa ficou na quarta posição conseguindo o objectivo, que balanço faz do campeonato?
Depois do mau início de campeonato e também do difícil início da minha era como técnico, tenho a certeza que fizemos um bom resto de campeonato. Crescemos como colectivo, com modelo de jogo bem definido e com soluções para cada situação. Depois em termos quantitativos atingimos os nossos objectivos e isso é importante pois deixa-nos tranquilos e confiantes no nosso valor.


A Oliveirense voltou esta época á Liga Europeia, num grupo à partida acessível os seus homens conseguiram a passagem para a final eight, em Itália encarou com o gigante FC Barcelona, acabou por perder e ficaram por ai, apesar da derrota, em termos gerais desta competição que analise faz da vossa prestação?
Foi uma prestação de mérito e competência. Numa primeira fase cumprimos com os objectivos, sem derrotas e acabamos por perder o primeiro lugar a pouco mais de um minuto do fim com o empate em Réus. Isso acabou por condicionar o futuro, pois calhou-nos em sorteio o Barcelona e aí as nossas possibilidades reduziram substancialmente. Perdemos o jogo mas fizemos uma partida com qualidade e sem medo do adversário, ganhamos experiencia e cumprimos com os objectivos da final eight.

Por fim, a Taça de Portugal onde a sua equipa voltou a brilhar e conquistou a segunda taça em dois anos, de muitos jogos até à grande final, sobressalta o jogo no Dragão onde a Oliveirense venceu por 2-4 e eliminando a equipa do FC Porto, na final four venceram os Tigres de Almeirim e depois na final venceram surpreendentemente o SL Benfica por 1-3 e conquistou a Taça de Portugal, que balanço faz desta competição?
Foi uma prestação de excelência, basta ver esses resultados para chegar a essa conclusão, mas ganhamos no Académico e no Marco sem macua e com grande competência. Fomos a melhor equipa e na final provamos que sabíamos o que queríamos, independentemente do grande valor do adversário. 

A Taça de Portugal é o primeiro título que conquista como treinador e logo no primeiro ano, que sabor tem esta Taça?
Sabe a suor! Foi graças a muito trabalho, dedicação, determinação e união que foi possível ganharmos a Taça.

Durante toda a época analisou-se que a equipa da UD Oliveirense não tinha muitos jogadores para fazer “rodar” a equipa em jogos desgastantes e também por extarem em muitas competições ao mesmo tempo, esse foi um problema que tiveram ou conseguiram ultrapassar isso?
Não me parece justo dizer isso, ou como falavam que eramos uma equipa velha e que para o final do jogos isso era fatal!
Faltava era colectivo, falarmos todos a mesma língua… Isso só vem com o trabalho e tempo, basta analisar o percurso e ver que fomos a terceira melhor equipa na segunda volta, chegamos aos quartos-final da liga europa e ganhamos a Taça de Portugal. Utilizamos maior parte das vezes quase a totalidade do plantel e a par do Benfica fomos a equipa com mais jogos, não tivemos lesões musculares e acabamos em grande forma desportiva. Não posso concordar com essa teoria…


Agora falando na próxima época, sabe-se já as saídas que vão acontecer na equipa da UD Oliveirense, Vítor Hugo, Tiago Ferraz e o Nuno Resende vai apenas ocupar o lugar de treinador, o Vítor Hugo apenas jogou uma época com a camisola da UD Oliveirense, foi seguramente um jogador importante no ataque da Oliveirense esta época juntamente com o Tó Silva, como ve a perca deste jogador para a próxima época?
A mesma questão se colocou no ano passado e vai-se colocar sempre que um bom jogador deixar a UDO. Temos soluções no plantel e fomos buscar jovens jogadores para trabalharmos e serem importantes para a equipa. Com trabalho e empenhamento de todos vamos ter qualidade no plantel.

Gonçalo Alves, Miguel Rocha e Nelson Pereira vao estar com a camisola da Oliveirense na próxima época, fala-mos de três jovens, o que espera destes jovens?
Espero que tragam vontade de trabalhar, de acrescentar qualidade a todos os níveis ao plantel.

Pode confirmar que não vai haver mais saídas ou entradas na sua equipa para a próxima época?
A direcção ainda não fez a apresentação da equipa para a próxima época. A seu tempo a mesma irá apresentar quais as linhas para a próxima época.

Para terminar quer deixar alguma mensagem?
Tenho que agradecer a várias pessoas… A estrutura directiva por ter acreditado em mim e ter-me proporcionado todas as condições para desenvolver o meu trabalho. A minha equipa técnica que é fabulosa e de uma solidariedade e compromisso única. Aos meus jogadores que foram fantásticos e se fizemos a época que fizemos foi graças a eles (obrigado campeões). Aos adeptos que me apoiaram e me fazem acreditar que vale a pena sofrer por eles. E por fim à minha família e amigos, em especial à minha esposa e filha que sofreram ao meu lado nos momentos menos bons sempre com uma palavra de apoio e carinho (obrigado princesas).

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