(Texto: FPP)
A
Selecção Nacional terminou, de forma brilhante, a participação no Mundial de
San Juan, ao garantir o terceiro lugar no Estádio Aldo Cantoni, totalmente
lotado, depois de vencer Moçambique por 9-2.
Os
jogadores de Portugal entraram com uma braçadeira negra colocada nas camisolas
como forma de protesto pela arbitragem do jogo das meias-finais com a
Argentina, além de funcionar, também, como sinal de luto pelo falecimento do
avô de Marinho, jogador dos Mambas.
Moçambique
entrou bem, inaugurou o marcador por Carlos Saraiva, mas rapidamente Portugal
reagiu: Diogo Rafael foi, mais uma vez, uma das grandes figuras, tendo sido
autor de quatro remates certeiros. Luís Viana bisou, enquanto Caio, Reinaldo
Ventura e Ricardo Barreiros apontaram um golo cada um. Antes golo de Ventura,
Saraiva festejou o bis, mas o destino do encontro já estava, naturalmente,
traçado.
Portugal
alinhou do seguinte modo: Ricardo Silva. Reinaldo Ventura (1), André Azevedo,
Ricardo Barreiros (1) e Luís Viana (2). Jogaram ainda: Diogo Rafael (4), Caio
(1), Valter Neves, Vítor Hugo e Domingos Pinho.
Protagonista
em discurso directo:
Fernando
Claro, presidente da FPP: «A Selecção teve uma actuação digna e demonstrou que
estava aqui para ganhar. Tiraram-nos tudo para não estarmos na final. Foram os
árbitros, daí o meu sentimento de revolta e indignação. Conforme o Campeonato
se desenrola, e tem vindo a ser gerido, não se vai a lado nenhum. Infelizmente,
para Portugal. Vou despoletar toda a situação, inclusive com gravações, porque
a culpa não pode morrer solteira. Não podemos transformar a modalidade numa
agência de viagens. Iremos tomar uma posição de topo para quem não está bem
intencionado. O órgão internacional tem toda a legitimidade para nomear
árbitros, mas têm de ser pessoas competentes, honestas e isentas. Prejudicaram
Portugal até último minuto. Só faltou meterem a bola na baliza. Elogio toda a
comitiva. Os jogadores mostraram dignidade, apesar de prejudicados. Somos uma
Federação responsável, temos alguns indicadores, com os quais não concordamos,
e, por isso, iremos traçar um eixo de gestão relativamente aos órgãos
internacionais. O Hóquei em Patins está doente, é uma modalidade de que gosto,
faz parte da cultura dos portugueses e estamos a dar uma má imagem. Como pode
ser olímpica, trazer patrocinadores quando não é credível? Começamos menos bem
e, tirando David Paez, que é um jogador de qualidade extraordinária, toda a
equipa da Argentina desapareceu, devido à táctica da Selecção. Foram guerreiros
e merecíamos ser campeões do Mundo».
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