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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"sem a ajuda dos meus companheiros não conseguiria marcar tantos golos."



(texto:fpp)

Vítor Hugo está a revelar-se como um dos protagonistas do Campeonato Nacional da I Divisão de Hóquei em Patins: lidera a lista de melhores marcadores, com 23 golos apontados, à frente de notáveis como Sérgio Silva, Emanuel Garcia, Luís Viana, perseguidores imediatos, ou, mais distantes, como Reinaldo Ventura e Pedro Gil.

O jogador é, portanto, um dos trunfos da Académica de Espinho e espera, naturalmente, ter a possibilidade de regressar a um «grande», depois de ter representado o Benfica, na sequência das excelentes exibições que está a protagonizar nesta época: «Joguei no Benfica, fui bem tratado e, agora, estou na Académica de Espinho. Gosto de estar neste clube e sem a ajuda dos meus companheiros não conseguiria marcar tantos golos. No entanto, como qualquer jogador, sonho regressar ao topo, a um clube com outros objectivos», afirma Vítor Hugo, em declarações ao «site» da Federação de Patinagem de Portugal.

Outro objectivo do atleta é tornar-se campeão do Mundo e da Europa em representação da Selecção Nacional: «Fui campeão europeu e mundial nos Sub-20. Ser campeão da Europa e do Mundo é o máximo que um jogador pode conseguir. E isso é o que eu pretendo».

Vítor Hugo tem brilhado em diversos jogos, mas foi o confronto com a Física que mais o marcou: «Estivemos a perder por 0-3, mas recuperámos e ganhámos por 6-4, com quatro golos meus. Temos qualidade para estarmos melhor classificados, o que, para já, não acontece porque houve algum azar. Acredito que vamos recuperar e conseguir, pelo menos, uma posição idêntica à da época passada. Contudo, o principal objectivo é garantir a permanência o mais rapidamente possível».

O goleador destacou-se, também, pelos quatro golos marcados ao FC Porto, mas, neste caso, a Académica não foi tão feliz, uma vez que perdeu por 6-9: «Não é fácil um jogador marcar tantos golos a uma equipa como o FC Porto. No ano passado, concretizei cinco. O FC Porto continua a ser uma equipa muito forte, com nível equiparado ao do Benfica, e julgo que o encontro no Dragão Caixa irá ser decisivo para a conquista do título».

Vítor Hugo apoia…Vítor Hugo

Vítor Hugo, uma das referências mais brilhantes do Hóquei em Patins Nacional, confessa que é fã do homónimo da Académica de Espinho: «Sou adepto dele e do clube onde actua. É um jogador de área, com características invulgares em Portugal, e que tem de estar na Selecção Nacional. Possui um modo de jogar diferente do meu, mas não deixa de ser também um hoquista eficaz».

O melhor marcador do Campeonato Nacional, de 26 anos, mostrou-se sensibilizado ao ser confrontado com os elogios do antigo craque da modalidade: «Vítor Hugo é, a par de António Livramento, o melhor jogador do Hóquei em Patins português. Ouvir as suas palavras dão-me mais motivação para continuar a fazer o meu trabalho. Seria bom se conseguisse, pelo menos, metade do que ele conseguiu».

Ídolos em actividade

O avançado da Académica aprecia, também, as potencialidades de outros jogadores: «Começando pela Académica, devo dizer que o André Girão é um grande guarda-redes. Trabalho todos os dias com ele e sei o que estou a dizer. O João Pinto é muito bom, com qualidade técnica bastante elevada e muita raça. Gosto de ver o Pedro Gil, um avançado notável, o Valter Neves é muito regular e muito forte defensivamente, aprecio o Reinaldo Ventura, enquanto o Ricardo Barreiros é o melhor jogador português. Tive o privilégio de trabalhar com ele. No entanto, há um hoquista que me marcou bastante: Jorge Silva. Jogávamos no Gulpilhares de ‘olhos fechados’. Gostaria de voltar a actuar ao lado dele». 

O hoquista que é torneiro mecânico

Vítor Hugo não se dedica apenas ao Hóquei em Patins, uma vez que é, também, torneiro mecânico: «Fui convidado pelo meu sogro, aceitei e sinto-me bastante satisfeito por exercer esta actividade. Já sou pai e esta é, também, uma maneira de melhorar a minha situação financeira, porque clubes como a Académica de Espinho não têm capacidade de pagar salários elevados».

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