O nosso entrevistado de hoje é Tiago Sousa, recentemente assinou pelo Liceu da Corunha deixando a União Desportiva Oliveirense.
Como apareceu a paixão pelo Hóquei em Patins na vida do Tiago Sousa?
A primeira vez que me lembro de ter visto Hóquei em Patins foi um Portugal vs Espanha no Mundial da Corunha, logo ali fiquei aficionado. A partir desse dia desejei aprender a patinar e por coincidência nessa mesma altura eu e a minha família mudámo-nos para à Mealhada, onde havia Hóquei em Patins, aproveitei para me inscrever nas escolinhas do Hóquei Clube da Mealhada, penso que foi mesmo amor à primeira vista.
Começou no Hóquei Clube da Mealhada, quais os melhores momentos que passou neste clube?
Todos os dias que passei neste clube foram especiais, não posso enumerar um em especial porque sempre fui muito feliz no HCM, é um clube que me marcou muito porque sempre me senti muito acarinhado.
Já passou por vários clubes em Portugal, qual o marcou mais?
Vários clubes me marcaram, mas sem dúvida que os que mais me marcaram foram o Sporting de Tomar, pelas dificuldades que passámos financeiramente e também pela forma que conseguimos nos manter unidos, o Porto pelo que pude aprender e pelos títulos que ganhei, e por fim a União que desde miúdo tinha o desejo de representar e também por ter encontrado pessoas que além de serem grandes atletas eram grandes pessoas, e onde sempre tivemos um balneário muito unido e forte.
O ultimo clube que representou em Portugal foi a União Desportiva Oliveirense, que recordações guarda deste clube?
Muito boas recordações. Deixei grandes amigos neste clube. Foram quatro anos muito intensos nos quais só tenho pena de não ter conseguido ganhar um título.
Recentemente deixou a equipa de Oliveira de Azeméis e assinou pelo Liceu, quais as razões que o levou a mudar-se para Espanha?
Foram várias as razões, a primeira foi o facto de não poder desperdiçar a oportunidade de jogar na melhor liga do mundo e ainda por cima num dos maiores clubes desta liga.
Depois a necessidade de novos desafios, queria conhecer uma forma diferente de pensar o hóquei, bem como conhecer novas pessoas. E por fim o aspecto financeiro, a proposta que me foi feita era muito aliciante e não me restava outra opção que não fosse aceitar.
Quais os seus objectivos para a sua nova etapa na vida?
Espero conseguir impor-me na equipa do Liceu e ganhar o maior número de títulos possíveis.
Quais os candidatos ao titulo esta época na OK Liga na sua opinião?
Pelo que tenho visto serão o Vic, que é uma equipa muito pragmática, o Réus, que está a ter um inicio de liga muito forte, o Barcelona, porque tem os melhores jogadores, e o Liceu, que tem uma equipa com uma ideia de jogo muito bem consolidada e que consegue ter um conjunto de jogadores capazes de resolver individualmente qualquer jogo.
Sonha conquistar a Liga Europeia esta época ao serviço do Liceu?
A Liga Europeia é uma competição que tive a felicidade de ter podido participar quando estava ao serviço do F.C Porto, mas que infelizmente nunca a consegui conquistar. Sem dúvida alguma que gostaria de a poder conquistar ao serviço do Liceu, mas tenho a noção que não é tarefa fácil visto que nesta competição estão as melhores equipas do mundo e todos os jogos são jogados com uma intensidade muito elevada onde não há margem de erro.
Passou muitos anos em Portugal, nesta altura já se disputa o campeonato em Espanha, qual as diferenças que encontra entre o Hóquei praticado em Espanha e o Hóquei praticado em Portugal?
A principal diferença que noto é que aqui se dá muita atenção a aspectos defensivos, enquanto que em Portugal nos preocupamos mais com o ataque.
O hóquei em Espanha acaba por ser muito táctico visto que as equipas se conhecem muito bem. O facto de todos os jogos serem filmados permite que os treinadores possam estudar de uma forma mais apurada as equipas contrárias, logo torna-se muito difícil conseguir surpreender os adversários.
Como guarda-redes, como viu as alterações das regras novamente?
Muito sinceramente não noto grandes diferenças.
Os jornais, televisões e rádios em Espanha seguem o Hóquei em Patins com algum destaque?
Aqui na Corunha temos muitos jornais diários e rádios que todos os dias tentam obter entrevistas com os jogadores. Quanto ao resto da Espanha ainda não tive a oportunidade de ver se havia ou não muita cobertura mediática, o que se nota é que as pessoas gostam da modalidade em especial na Catalunha.
Fica triste por não ver Hóquei em Patins nas televisões como há uns anos atrás?
Claro que sim.
O desporto em geral precisa das televisões, porque são as televisões que trazem mais adeptos para as modalidades e por conseguinte acabam por atrair mais pessoas aos pavilhões, bem como patrocinadores.
Você é naturalizado angolano, já pensou numa possível mudança na naturalização e uma chamada à Selecção Nacional portuguesa?
Não!
Já estive em alguns estágios da selecção Portuguesa, e por alguns motivo nuca fui opção para os 10 e como tal acabei por optar por representar outro país e agora não volto atrás. A minha decisão foi tomada com pés e cabeça, sabia o que estava a fazer e como tal não volto atrás.
Por outro lado Portugal está muito bem servido de guarda-redes, temos o Ricardo, o Domingos, o Sebastian, o Girão, etc., que são jovens e têm muito para dar ao Hóquei Português.
Gostava de um dia voltar a jogar em Portugal?
Sem dúvida.
Das informações que tem, quais as equipas mais fortes esta época em Portugal?
Tenho visto alguns resumos e falado com algumas pessoas, e parece-me que o Porto e o Benfica estão muito fortes logo seguidos da União e do Candelária. Acho que vai ser um campeonato equilibrado.
Qual é a sua maior referência no Hóquei em Patins?
Sem dúvida que foi o Franklim, foi o primeiro guarda redes que vi defender e logo fiquei fã. Depois, como todos os portugueses, sempre gostei de ver jogadores como Guilherme Silva, Vítor Fortunato, Paulo Alves, Tó Neves, Pedro Alves, Filipe Santos, Reinaldo Ventura, Luís Ferreira, Fernando Almeida, etc., o facto de ter podido jogar contra todos esses grandes jogadores deixa-me muito orgulhoso.
Qual foi o treinador com quem já trabalhou que o marcou de alguma forma? E que recordações tem desse nome?
Felizmente todos os treinadores me marcaram de uma maneira ou de outra. Mas se tivesse que fazer um top 3 teria que escolher o Tó Neves, o Franklim Pais e o Fernando Fallé. Foram pessoas muito importantes na minha carreira como jogador.
Se tivesse que escolher um cinco ideal com jogadores que teve oportunidade de trabalhar na mesma equipa, qual seria esse cinco?
Escolher só cinco não é fácil. Mas seria o Edo , o Vítor Fortunato, Paulo Alves, Tó Neves e Pedro Gil.
Quer deixar uma mensagem a todos os apaixonados por esta linda modalidade?
Não deixem de ir aos pavilhões.
O "Best Hóquei" agradece ao Tiago Sousa a entrevista cedida e deseja as maiores felicidades para o resto da sua carreira.
O "Best Hóquei" agradece ao Tiago Sousa a entrevista cedida e deseja as maiores felicidades para o resto da sua carreira.
2 comentários:
as maiores felicidades
Es o maior:)
Ass.: Mano
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