Depois
de despromovida à 3ª divisão nacional, a Casa do Povo de Sobreira vai agora
nesta nova época que ai vêm tentar voltar rapidamente à 2ª divisão.
Na
época passada teve a sua vida complica, em Janeiro, Rui “Surpresa” Sousa chegou
ao Ernesto Silva para assumir o comando técnico da equipa sénior e tentar
salvar a equipa da despromoção que na altura esta complicado.
A
CP Sobreira chegou à última jornada na luta pela permanência mas a vitoria do adversário
directo nessa jornada ditou a descida.
Com
passagens pela APD Galegos, CAR Taipense, AD Penafiel, Olá Mouriz e USC
Paredes, agora a preparar a nova temporada, Rui Sousa irá permanece como
treinador da CP Sobreira, e respondeu, ao nosso blog, a algumas perguntas sobre
a nova época.
Falando
no seu ingresso na CP Sobreira, o Rui chegou no mês de Janeiro deste ano com o
objetivo certamente de evitar a descida de divisão que na altura era o que
previa e que se veio a confirmar, com uma missão complicada na altura, o que o
levou a aceitar o convite do Sobreira?
Sim,
o intuito da minha contratação foi, sem dúvida, evitar a descida de divisão. Na
altura faltavam 2 jogos da 1ª volta, os quais fiz sem treinos quase devido à
época festiva que se atravessava, para além da condicionante do clima e a 2ª
volta toda. Matematicamente era possível e tanto era que esteve quase a
acontecer. O que me levou a aceitar o convite foi o desafio desportivo em
causa, sabendo de antemão que o Sobreira tinha plantel com qualidade para fazer
bem melhor do que se encontrava a fazer, aquele não era, de todo, o lugar
daquela equipa. O Sobreira tinha massa humana para fazer bem melhor e para
andar a lutar por uma outra classificação, acreditava que isso era possível.
Na
época passada a CP Sobreira teve um crescimento em termos de bons resultados a
partir do momento que assumiu o cargo de treinador, tendo chegado à última
jornada com a hipótese de fugir à despromoção, despromoção essa que se
confirmou para a CP Sobreira, que balanço faz da época passada? O que falhou?
Aceitei
o desafio com a máxima que “o sucesso está no coração de todos aqueles que
acreditam” e eu acreditei que seria possível. Não estávamos em fase de testes,
foi preciso um trabalho exaustivo, imediato, essencialmente porque não tinha
jogadores no plantel que eu alguma vez tivesse trabalhado antes, conhecia-os a
quase todos de terem sido adversários ou de ter acompanhado a sua carreira, e
houve uma fase de conhecimento mútuo que fez com que demorasse mais um bocado o
barco levar o rumo certo. O balanço é positivo, porque quando entrei para o
comando da equipa havia, somente, dez pontos conquistados e terminamos com 30,
o que quer dizer que conquistamos 20, o dobro do até ai conquistado. Podíamos
ter feito muito mais e melhor? Podíamos, sem dúvida. Não fomos eficazes em
alguns momentos cruciais, e estes foram os que fizeram a diferença. Houve 2 ou
3 jogos que acredito que com um bocado mais de esforço, dedicação e
concentração, o resultado poderia ter sido diferente e a garantia da manutenção
acontecia, mesmo antes da última jornada onde fomos disputar a possível
manutenção, que acabou por não acontecer, foi isso que falhou.
Que
aliciantes o levou a continuar como treinador da CP Sobreira?
A
principal foi o poder continuar a fazer um trabalho que tinha sido começado,
com bons frutos e com a grande intenção de pôr o Sobreira no lugar dela. E de
poder continuar ligado à modalidade que tanto gosto e poder desenvolver um
projeto que há muito tinha pensado. Um projeto sustentado pela sua formação e
com bases sólidas para que a mesma seja a imagem de marca do mesmo, pois deste
clube já saíram atletas que figuram e figuraram nos grandes palcos do hóquei
nacional. Sinto que estou no clube certo, houve uma empatia mútua entre todas
as partes.
Vem
ai uma nova época, agora na 3ª divisão nacional, com que objetivos parte a CP
Sobreira para esta temporada a nível de campeonato e Taça de Portugal?
Tal
como disse anteriormente o grande e principal objetivo é repor a CP Sobreira no
lugar que é seu, a 2ª Divisão Nacional e com isso ir disputar para ser Campeão
Nacional de 3ª Divisão. Na Taça de Portugal o grande objetivo é chegar o mais
longe possível, e para mim esse possível é conseguir chegar ao ponto de ter uma
equipa da 1ª divisão em nossa casa e fazer um brilharete… (risos)
A
CP Sobreira foi ao mercado, teve saídas de jogadores e entradas também, o que
nos pode falar de que forma foi constituído o novo plantel da CP Sobreira?
O
plantel da época passada por vezes tornou-se reduzido e por isso tinha que se
colmatar essa lacuna, essencialmente, porque não existia o escalão Júnior para
colmatar as falhas que iam existindo. Recorria-se por norma ao Juvenis, então
decidiu-se que tinha que se fazer uns acertos. O plantel foi constituído com a
base da época transata e com alguns jovens jogadores que possam ter uma grande
fase de progressão e tornem a equipa, da mesma forma, competitiva. Há muitos
jogadores que estão agora a jogar o futuro e acho que eles sabem isso. Quis
hoquistas que quisessem jogar pelo clube e têm que mostrar que estão a jogar
pelo Sobreira e não por eles próprios. Nenhum clube deve ter jogadores a fazer
um favor. Veem-se muitos jogadores que, por vezes, acham que são maiores do que
o clube, mas as pessoas pagam dinheiro para ver os clubes que gostam e que lhes
corre no sangue, por isso os jogadores devem aos adeptos dar cem por cento pela
camisola. Para além dos jogadores referenciados temos ainda os jogadores que
fazem parte do escalão Júnior que serão sempre alternativas válidas e dos quais
vão ser aposta constante, assim como em todos os escalões haverá uma tentativa
de integração dos atletas.
Dos
atletas que abandonaram a CP Sobreira, havia alguém que o clube tenha tentado a
sua permanência?
No
momento, dos jogadores que saíram 2 deles (Ivo Ribeiro e Ricardo Carvalho -
Tins) foi por opção do clube. Para além desses havia o interesse em renovar com
todos os outros atletas mas houve uma saída (Jorge Alves – Jeita) por proposta
profissional longe e sem dúvida seria um
jogador que interessava pela sua experiência, embora sendo ainda um atleta jovem.
Quanto a uma dúvida (Tó Costa) que ainda existe ou possa existir de saída ou
não, é claro que tanto eu como o clube contamos com o jogador, mas às vezes as
questões pessoais, de estudos, profissionais ou mesmo algumas outras propostas
são complicadas de “competir”.
Falando
na formação do clube, o Sobreira aposta forte este ano em vários escalões de
formação, num breve resumo, que objetivos a nível das equipas jovens tem a CP
Sobreira para esta época?
O
objetivo da CP Sobreira esta época consiste em formar o maior número de jovens
atletas, ou seja rechear a sua Escolinha de Hóquei em Patins. Este objetivo
centra-se como primordial e para que o mesmo se torne possível realizou-se uma Oficina de Patinagem, e a mesma tem o
projeto de aulas de patinagem, em instituições de ensino como infantários, escolas
básicas do 1º ciclo e centros escolares. O Sobreira fará um protocolo com essas
mesmas escolas. A formação funcionará nas escolas aderentes e prosseguirá no pavilhão
do Sobreira, com intuito de captação de novos jovens atletas. É para este
objetivo que a partir da época 2014/2015 se começará a trabalhar, ou seja
garantir que a formação no clube mantenha a nível de qualidade e de quantidade
de atletas todos os escalões. Trabalhar-se-á para que o escalão Sénior seja
preferencialmente autossustentado pelas suas camadas jovens de formação. E
temos que realçar que na já longa história do clube, acho, que é a 1ª vez, pelo
menos nos últimos 8 anos, em que, mesmo com as imensas dificuldades económicas
e com um esforço financeiro muito grande, se inicia uma época desportiva com
todos os escalões de formação inscritos (Escolares, Infantis/Sub-13; Iniciados/Sub-15;
Juvenis/Sub-17; Juniores/Sub-20) para além do escalão Sénior, mas que cimenta o
papel do Sobreira no concelho, o melhor clube formador e aquele onde os atletas
vêm progressos.
Ter
uma equipa jovem numa fase final do campeonato nacional é um objetivo para o
futuro para a CP Sobreira?
É,
sem dúvida, um objetivo, mas a médio prazo, pois neste momento é preciso
organizar e arrumar a casa. Pôr a formação a funcionar no seu pleno, da forma
que referi anteriormente, após isso o trabalho será feito nesse sentido, todos
os escalões terão esse objetivo. Neste momento o grande objetivo é formar,
embora temos um escalão (Juvenis) que tem potencialidades para poder pensar em
algo mais que isso.
Acredita
que a CP Sobreira conseguirá num futuro ter a equipa sénior constituída
maioritariamente com atletas da formação?
Trabalhar-se-á
a partir desta época para que o escalão Sénior seja preferencialmente autossustentado
pelas suas camadas jovens de formação. Acredito que se o trabalho for bem feito
este será o grande lema do clube. Penso que deveria ser a grande aposta da
maioria dos clubes nesta fase critica económico-financeira que o país
atravessa.
Várias
equipas que visitam o Pavilhão Ernesto Silva queixam-se do piso, que realmente
não é o melhor para a modalidade, uma “casa” nova para a CP Sobreira é um
sonho?
As
equipas que visitam o Pavilhão vêm cá uma ou duas vezes no máximo durante uma
época desportiva, o que diremos nós que temos que trabalhar cá a época toda?!
Pois, para quem gosta da modalidade e gosta de jogar bem e bonito, sem dúvida,
que o piso não ajuda, mas também admitimos que o fator “casa” por vezes é
preponderante. Mas, admito, que é um sonho sem dúvida uma “nova casa”. A
solução para o pavilhão não passa só pela mudança de piso, há muitas outras
condicionantes necessárias a nível da infraestrutura física primordiais para se
pensar nessa alteração. Mas isso não é possível sem ajuda da autarquia e atendendo
à conjuntura económica do país mais do que propriamente uma casa nova
gostaríamos que nos ajudassem a realizar as melhorias que a nossa precisa.
Plantel
CP Sobreira 14-15:
Filipe
Teles GR
Roberto
GR – Livre
André
Barros
Gil
Ramos
Telmo
Ramos
Zé
Pedro
Eduardo
Melo – Académico FC
Joel
Vítor
Martins – Juventude Pacense
Tiago
Tavares – Carvalhos
Pedro
Moreira “Sapo”
Tó
Costa
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