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domingo, 17 de março de 2013

Ângelo Girão "Estou adorar jogar pela AD Valongo"


Fotos: Pedro Alves/Mundook

O jovem guarda-redes Ângelo Girão tem sido umas das figuras desta época na equipa da AD Valongo, a viagem de Gaia para Valongo no inicio da presente época e as grandes exibições entre os postes da baliza valonguense ja valeram a chamada do guardião à convocatória para à seleção nacional portuguesa, no Torneio das Nações, em Montreux.

Um dos pilares da equipa da AD Valongo concedeu uma entrevista ao nosso blogue, entre os assuntos estiveram o sentimento de jogar pela equipa de Valongo, o sonho de jogar no estrangeiro e ainda o ambiente fantástico que se vive no pavilhão da AD Valongo.

Como apareceu o hóquei em patins na vida do Ângelo Girão?
O hóquei surgiu por intermédio do meu Irmão Filipe Girão que jogava tno Estrela e Vigorosa Sport, como o acompanhava diariamente acabei por ingressar nas camadas jovens desse mesmo clube.

Pelos clubes por onde passou até hoje quais os marcou mais e porquê?
Até agora joguei no Estrela e Vigorosa Sport, no Futebol Clube do Porto, no Acr Gulpilhares, na Académica de Espinho e agora na AD Valongo. Seria injusto dizer que algum destes clubes me marcou mais que outro, visto que, em todos passei excelentes momentos e fiz grandes amizades. Aproveito para agradecer a todos por terem apostado em mim e por terem feito parte da minha formação enquanto jogador.

O Girão chegou AD Valongo no início da presente época, que aliciantes lhe foram propostos para deixar Espinho e ingressar no Valongo?
Penso que o principal aspeto deste projeto foi o facto de o Valongo ter conseguido juntar um conjunto de jogadores capazes de lutar por um lugar cimeiro e de acesso á liga dos Campeões.


Como correu a sua integração na equipa?
Quando assinei pelo Valongo não sabia que realidade iria encontrar no balneário contudo, fiquei bastante surpreso, fui recebido por todos com bastante carinho. O apoio que recebemos dos nossos adeptos foi extremamente importante para a nossa integração pois fez com que todos os jogadores se sentissem em casa tendo em conta que metade da equipa era nova.

Falando já da corrente época que balanço faz até ao momento?
Dado o valor que eu penso que a equipa tem, a época está a correr abaixo daquilo que seria de esperar. Temos equipa para atingir um lugar de acesso á liga europeia e de momento não está a acontecer. Porém, ainda falta muito campeonato e penso que temos força e ambição para atingirmos os objetivos delineados no início da época.

Neste momento qualificar a equipa para as competições europeias e a taça de Portugal como possível presença na final four são os objetivos fortes?
Como já referi anteriormente, o acesso á liga europeia e a presença na final four da taça de Portugal são efetivamente os nossos principais objetivos.

O pavilhão de Valongo é um dos mais temidos do hóquei nacional, pela proximidade do público com o ringue e quase sempre está cheio de público. Que importância têm estes fatores no decorrer do jogo para vocês?
É fantástico o ambiente que se vive no pavilhão de Valongo, os nossos adeptos são o sexto elemento em todos os jogos. Sempre que algo não nos corre da melhor maneira eles são o nosso motor de apoio e motivação. Os jogos têm sempre muita assistência e estou adorar jogar pela AD Valongo.

Ainda no tema do ambiente em Valongo como vivia essa deslocação quando jogava contra o Valongo?
Toda a gente sabe que a minha relação com os adeptos do Valongo não era a melhor, mas sempre louvei o facto de eles viverem o hóquei tão intensamente. Penso que qualquer hoquista gosta de jogar num ringue com o ambiente como se vive em Valongo. Ainda hoje quando falo com os adeptos do Valongo nos rimos das coisas que já se passaram naquele Pavilhão.

A época a nível pessoal como está a correr?
O balanço que faço até ao momento é positivo, no entanto, acho que como jogador tenho que exigir sempre mais de mim para que possa fazer mais e melhor.

Vestir a camisola da seleção sénior nacional é o que qualquer atleta sonha, o Ângelo vai a Montreux, ao Torneio das Nações, este ano realiza-se também em Angola o campeonato do mundo. Espera que seja desta a vez que o Ângelo defenda as redes seniores portuguesas num campeonato do mundo?
Claro é o sonho de qualquer atleta de alta competição. Não vou mentir e dizer que não é um dos grandes objetivos na minha carreira porque é. Não tive anteriormente oportunidade de vestir a camisola da seleção sénior nacional mas isso só me faz trabalhar cada vez mais para que este objetivo seja possível. Angola 2013 era um sonho realizado e vou trabalhar para poder estar presente.


Tem como objetivo representar um dos grandes do hóquei português?
Aliado ao objetivo de chegar á Seleção Sénior está também o de jogar por um “grande”. Nestes clubes lutam-se por todos os títulos, todos os anos e como é óbvio gostava de poder ingressar num clube com essas ambições.

Pretende jogar em outros países? Se sim, quais e porquê?
Gostava de jogar em Espanha porque o hóquei praticado em Espanha é um hóquei mais defensivo, o que faz sobressair mais os Guarda-Redes.

Suponho que tenha tido vários treinadores ou pessoas importantes na carreira até hoje, quais foram as mais importantes?
Queria destacar primeiramente o Sr. Caldas por tudo o que me ensinou na baliza, foi sem dúvida a pessoa que mais influencia teve na minha formação enquanto Guarda Redes. Como treinadores, o Professor João Lapo e Renato Garrido por terem apostado em mim desde muito cedo. O Professor Luís Sénica que me deu oportunidade de representar Portugal nas camadas jovens. O Mister Paulo Freitas porque apostou em mim sem receios sendo eu sénior primeiro ano para assim integrar numa equipa de primeira divisão, ajudou me tanto dentro como fora do ringue. Por fim, o Mister Paulo Pereira que este ano me fez crescer como Guarda Redes em todos os sentidos. Não quero com isto deixar de agradecer a todos os restantes treinadores com que já tive o privilégio de trabalhar, cada um contribuiu com algo para aquilo que sou hoje.

Para terminar, quer deixar alguma mensagem?
Antes de mais, quero agradecer pela entrevista e dar-lhe os parabéns pelo excelente trabalho que tem feito pela divulgação do hóquei. O hóquei é um desporto com tradição no nosso país, pode levar bem alto a bandeira de Portugal mas é pouco reconhecido.
Nós como atletas e a comunicação social, temos de trabalhar no sentido de honrar ainda mais esta modalidade.

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