(Crónica: Pedro Gonçalves)
(Fotos: Pedro Alves/Mundook)
Recepção
do candidato ao título (que precisava de vencer para manter a pressão sobre os
dragões), à equipa da linha, a única das 4 promovidas na época passada que tem
ainda alguma esperança na manutenção.
A
apostar claramente num esquema assente numa gestão rigorosa de esforço, os
atletas de Pedro Nunes sentiram desde o início a forte pressão do Benfica e a
facilidade dos encarnados em chegar à baliza de Marco Barros. Num pavilhão da
Luz que tinha uma boa assistência, assistiu-se sem surpresa aos dois primeiros
golos do Benfica, que premiavam a forte entrada da equipa da casa. A grande
surpresa viria a seguir.
Nos
8 minutos seguintes o Cascais conseguiu crescer no jogo e aliar a fé que
depositava em Marco Barros com a forte inspiração de André Moreira e de Carlos
Martins, que protagonizaram uma reviravolta espectacular no marcador e fixaram
o resultado num surpreendente 2-4. O Benfica não abrandou, mas a frustração de
não conseguir chegar ao golo ia consumindo os encarnados a pouco e pouco, muito
por culpa da brilhante exibição de Marco Barros e da forte capacidade de
sacrifício dos jogadores do Cascais. Até ao final da 1ª parte, o Benfica
continuou na mesma toada e foi premiado com mais dois golos mas viu ainda
Carlitos fazer um grande golo e fixar o resultado ao intervalo em 4-5.
No começo da 2ª parte, apresentavam-se em
campo duas equipas com estados de espírito totalmente diferentes: um Benfica
preocupado com o estranho resultado que se registava ao intervalo e um Cascais
tranquilo com as boas notícias que chegavam de Gulpilhares.
O
retomar da partida não trazia novidades, mais do mesmo com um Benfica a
massacrar e um Cascais a tentar segurar uma vantagem muito curta. Aos 4
minutos, Tiago Rafael quebrou o enguiço e fez o empate, mas a teimosia da
equipa da linha e de André Moreira voltariam a gelar o Pavilhão da Luz aos 7
minutos da 2ª parte, através da conversão de um livre indirecto.
Porém,
sentia-se claramente que o Cascais estava a chegar ao seu limite e o cansaço
físico e psicológico começavam a ser fortemente exteriorizados para quem
assistia ao jogo. O Benfica continuou a tirar proveito da sua forte capacidade
ofensiva e o massacre encarnado acabou por dar resultados mais do que justos
para as águias que nunca desistiram de um resultado que por momentos parecia
estar realmente a escapar aos encarnados. No final da partida, o resultado
final fixava-se nos 8-6 para o Benfica, resultado esse que acabou por premiar a
persistência do Benfica e salvaguardar a teimosia demonstrada pelo Cascais.
Assim,
o Benfica continua a pressionar o Porto e a esperar um deslize dos azuis e
brancos, enquanto o Cascais tem a manutenção praticamente assegurada. A questão
pode mesmo ficar matematicamente resolvida na próxima jornada, caso o Cascais
vença o Candelária em casa ou se registe uma derrota da Juventude de Viana em
Porto Santo.
Para
a história, fica uma exibição heróica dos jogadores do Cascais (especialmente
de Marco Barros e de André Moreira), que protagonizaram o 2º melhor resultado
conseguido no terreno das águias. Ficam ainda os brilhantes golos da equipa do
Benfica, sem dúvida alguma a equipa que apresentou o hóquei mais convincente
durante a presente época.
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