.

.

domingo, 22 de maio de 2011

Benfica teve que suar para vencer Cascais


(Crónica: Pedro Gonçalves)
(Fotos: Pedro Alves/Mundook)

Recepção do candidato ao título (que precisava de vencer para manter a pressão sobre os dragões), à equipa da linha, a única das 4 promovidas na época passada que tem ainda alguma esperança na manutenção.


A apostar claramente num esquema assente numa gestão rigorosa de esforço, os atletas de Pedro Nunes sentiram desde o início a forte pressão do Benfica e a facilidade dos encarnados em chegar à baliza de Marco Barros. Num pavilhão da Luz que tinha uma boa assistência, assistiu-se sem surpresa aos dois primeiros golos do Benfica, que premiavam a forte entrada da equipa da casa. A grande surpresa viria a seguir.

Nos 8 minutos seguintes o Cascais conseguiu crescer no jogo e aliar a fé que depositava em Marco Barros com a forte inspiração de André Moreira e de Carlos Martins, que protagonizaram uma reviravolta espectacular no marcador e fixaram o resultado num surpreendente 2-4. O Benfica não abrandou, mas a frustração de não conseguir chegar ao golo ia consumindo os encarnados a pouco e pouco, muito por culpa da brilhante exibição de Marco Barros e da forte capacidade de sacrifício dos jogadores do Cascais. Até ao final da 1ª parte, o Benfica continuou na mesma toada e foi premiado com mais dois golos mas viu ainda Carlitos fazer um grande golo e fixar o resultado ao intervalo em 4-5.



No começo da 2ª parte, apresentavam-se em campo duas equipas com estados de espírito totalmente diferentes: um Benfica preocupado com o estranho resultado que se registava ao intervalo e um Cascais tranquilo com as boas notícias que chegavam de Gulpilhares.

O retomar da partida não trazia novidades, mais do mesmo com um Benfica a massacrar e um Cascais a tentar segurar uma vantagem muito curta. Aos 4 minutos, Tiago Rafael quebrou o enguiço e fez o empate, mas a teimosia da equipa da linha e de André Moreira voltariam a gelar o Pavilhão da Luz aos 7 minutos da 2ª parte, através da conversão de um livre indirecto.

Porém, sentia-se claramente que o Cascais estava a chegar ao seu limite e o cansaço físico e psicológico começavam a ser fortemente exteriorizados para quem assistia ao jogo. O Benfica continuou a tirar proveito da sua forte capacidade ofensiva e o massacre encarnado acabou por dar resultados mais do que justos para as águias que nunca desistiram de um resultado que por momentos parecia estar realmente a escapar aos encarnados. No final da partida, o resultado final fixava-se nos 8-6 para o Benfica, resultado esse que acabou por premiar a persistência do Benfica e salvaguardar a teimosia demonstrada pelo Cascais.


Assim, o Benfica continua a pressionar o Porto e a esperar um deslize dos azuis e brancos, enquanto o Cascais tem a manutenção praticamente assegurada. A questão pode mesmo ficar matematicamente resolvida na próxima jornada, caso o Cascais vença o Candelária em casa ou se registe uma derrota da Juventude de Viana em Porto Santo.

Para a história, fica uma exibição heróica dos jogadores do Cascais (especialmente de Marco Barros e de André Moreira), que protagonizaram o 2º melhor resultado conseguido no terreno das águias. Ficam ainda os brilhantes golos da equipa do Benfica, sem dúvida alguma a equipa que apresentou o hóquei mais convincente durante a presente época.

Sem comentários: