(Texto e foto:Correio da Manhã)
Os jogadores das modalidades do FC Porto ainda não receberam um euro desde o início do ano de 2011. Segundo apurou o CM, o incumprimento salarial está a gerar indignação nos balneários de hóquei em patins, andebol e basquetebol e há até relatos de casos mais dramáticos, em que atletas tiveram de recorrer a empréstimos de colegas de plantel para cumprirem as obrigações mensais.
A situação não é propriamente nova. Já no início da presente época se registaram atrasos nos pagamentos, mas o dinheiro parou mesmo de cair nas contas dos atletas a partir de Janeiro último. De acordo com as fontes contactadas, entre os jogadores e treinadores que partilham o Dragão Caixa reina alguma revolta, ao perceberem a diferença abissal entre os milhões que gravitam no futebol – gerido pela SAD – e a escassez de fundos nas modalidades do FC Porto. De acordo com as mesmas fontes, o caso gera mais estranheza tratando-se de equipas com registos vitoriosos. A formação de hóquei em patins – no sábado venceu (7-5) o Benfica – está na luta pelo décimo título consecutivo. Em andebol, os dragões são bicampeões, e no basquetebol lideram a Liga.
Caso a situação não se venha a inverter, há internacio-nais das três modalidades dispostos a avançar para a rescisão. O CM tentou contactar vários dirigentes portistas, de Pinto da Costa a Antero Henriques, mas estes não atenderam os seus telemóveis.
O FC Porto já terá chegado a acordo com a empresa Olivedesportos para o prolongamento do contrato da cedência dos direitos televisivos, entre 2013 e 2017, no valor de 70 milhões de euros: 16 milhões para 2013/14, 17 milhões para 2014/15, 18 milhões para 2015/16 e 19 milhões para 2016/17. De acordo com as fontes contactadas pelo CM, as negociações entre a empresa de Joaquim Oliveira e Pinto da Costa terão ficado fechadas a 24 de Fevereiro. Além de uma cláusula de confidencialidade, no acordo há outro item que prevê a renegociação dos valores envolvidos caso a mesma empresa renove com o Benfica. Os dragões só aceitam receber até menos 30 por cento das verbas que sejam atribuídas às águias. Contactado pelo CM, Joaquim Oliveira recusou prestar declarações.
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