A lesão não o deita abaixo

(Foto: Pedro Alves/Mundook)

Estivemos à conversa com Daniel Coelho, mais conhecido por “Kika” no reino do Hóquei em Patins, está neste momento a representar a camisola do Porto Santo SAD, antes, passou por Barcelos e Espanha.

Está neste momento a passar um mau momento pois contraiu uma lesão que o obrigou a uma paragem que ainda decorre.

Depois da passagem de vários anos por Barcelos e pelo meio um ano em Espanha ingressou no Porto Santo SAD, estamos a começar a segunda volta do campeonato, qual o balanço que faz da ida para a Madeira neste momento?

Faço um balanço positivo. Desde o meu primeiro ano que comecei a competir como sénior até à data, penso que tenho vindo sempre em crescendo, que é o que pretendo, melhorar de época para época. Este ano tem sido uma experiência positiva, com muitos obstáculos dos quais tenho aprendido muito, quer a nível desportivo quer a nível pessoal.

Contraiu uma lesão que o esta a obrigar ao afastamento da competição a cerca de três semanas, como está a moral do Daniel Coelho?

A minha moral está boa, pois tenho recebido um enorme apoio da direcção, da minha família e da minha namorada, o que faz com que me sinta bem. Para além disso, estou com vontade de ficar a 100% o mais rápido possível, para provar a todos que sou capaz de fazer ainda melhor do que o que já fiz esta época. Muita gente pode não acreditar, mas vou voltar ainda mais forte e com mais vontade de triunfar que nunca.

A equipa do Porto Santo SAD é constituída por muita juventude, essa juventude tem feito um bom campeonato, como vê a prestação da equipa até ao momento?

A equipa tem feito um campeonato exemplar em casa, temos uma derrota com o primeiro classificado, o Benfica, e um empate com o Braga, num jogo que não nos correu nada bem; o que nos está a faltar são vitórias ou pontos fora e aí poderemos estar a acusar alguma falta de experiência, pois a maior parte do plantel tem essa juventude que falaste. Portanto, na minha opinião temos feito um campeonato de extremos, onde em casa jogamos muito bem e fora não nos conseguimos impor.

Como está o ambiente no grupo?

O grupo está muito fragilizado, porque temos sido fustigados por lesões e nem sempre se consegue gerir muito bem este tipo de situações.

A equipa pensa num lugar na Europa?

Obviamente que sim, neste momento estamos em sexto lugar que dá acesso, julgo eu, à Taça Cers, mas primeiro temos que garantir a manutenção e só depois pensar na Europa. Temos de manter os pés bem assentes na terra, porque vem aí uma fase complicada de jogos, que podem ditar se vamos lutar até ao fim pela manutenção ou se vamos assegura-la rapidamente e lutar pela melhor classificação possível com os olhos postos nas competições europeias.

Os pavilhões de Hóquei em Patins por vezes estão “despidos” de público, como descreve o público do Porto Santo SAD?

O público de Porto Santo gosta de Hóquei em Patins, embora por vezes só se manifeste quando há lances de perigo ou golos, mas a cada jogo que passa vemos mais gente a ir ao nosso pavilhão e isso é gratificante, porque quer dizer que damos bons espectáculos e estamos bem classificados.

Quais os objectivos a médio e a longo prazo que quer concretizar?

O objectivo de qualquer jogador é sempre representar as cores do nosso país e eu não fujo à regra, mas sei que é bastante difícil, pois depende de muitas coisas. O futuro a médio prazo passa por Porto Santo, as pessoas daqui, da direcção gostam de mim, apoiam-me e só lhes tenho a agradecer por isso e por tudo o que têm feito por mim e para que eu seja tratado devidamente. Já agora deixo um agradecimento público a quem tem feito tudo por mim diariamente nesta minha fase difícil por isso, o meu muito obrigado ao meu irmão Joel, à minha fisioterapeuta Vanessa Vital, ao Sr. Artur Oliveira e ao Sr. Mário Câmara que têm sido irrepreensíveis em tudo.

Quer deixar uma mensagem aos adeptos desta modalidade que é o Hóquei em Patins? 

Não deixem de aparecer nos pavilhões porque o Hóquei em Patins sem vocês não é a mesma coisa, o Hóquei sem adeptos quase perde a piada!

Obrigado pela entrevista, Tiago, tudo de bom para o ti e para este teu projecto fantástico,

Um abraço